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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

PLANALTO USA CPI PARA ATACAR DELAÇÕES

A base aliada do governo vai atacar os últimos acordos de colaboração premiada, que atingiram a cúpula do governo e o PMDB


O Palácio do Planalto traçou uma estratégia para tentar transformar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) que vai investigar operações da JBS em uma arma contra os delatores da Lava Jato. À espera de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente nesta semana uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer, a base aliada vai atacar os últimos acordos de colaboração premiada, que atingiram a cúpula do governo e o PMDB.
Reforçada pela prisão, neste domingo (10), do empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, que controla a JBS, e do executivo Ricardo Saud, a ideia é pôr em xeque as delações fechadas sob Janot, incluindo a do corretor Lúcio Funaro. O depoimento de Funaro deve servir de “gancho” para mais uma acusação contra Temer, investigado pelo Ministério Público Federal por organização criminosa e obstrução da Justiça.
Janot deixa o cargo no dia 17 e será substituído por Raquel Dodge. Embora o Planalto aposte nessa troca para que a Lava Jato tome “outro rumo”, a ordem é desqualificar tudo o que foi feito até agora pelo procurador-geral. O argumento do governo é de que a delação da J&F é “fajuta” e, como uma árvore podre, contamina os “frutos”.
Mariz entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal pedindo a suspeição de Janot, sob a justificativa de que ele persegue Temer por motivos políticos. Solicitou, ainda, que qualquer outra acusação contra o presidente seja suspensa até o STF se pronunciar sobre o assunto. O plenário da Corte julgará os dois temas nesta quarta-feira, 13.  (TRIBUNA DA BAHIA)

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