A ex-presidente Dilma Rousseff declarou nesta quinta-feira (7) que o relato do ex-ministro Antônio Palocci (Casa Civil e Fazenda/Governos Lula e Dilma) representa uma “ficção”. Por meio de nota, a petista reagiu às acusações do petista, que foi interrogado na última quarta-feira (6), pelo juiz federal Sérgio Moro na ação penal em que é réu ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no episódio da compra de um terreno que abrigaria a sede do Instituto Lula. Na ocasião, Palocci revelou a existência de um “pacto de sangue” por meio do qual a Odebrecht aceitou repassar R$ 300 milhões para o PT e para o próprio Lula.
De acordo com Dilma, o ex-ministro mentiu. “O sr Antonio Palocci falta com a verdade quando aponta o envolvimento de Dilma Rousseff em supostas reuniões de governo para tratar de facilidades à empresa Odebrecht, seja durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou no primeiro governo dela. Tais encontros ou tratativas relatadas pelo ex-ministro jamais ocorreram. Relatos de repasses de propinas também são uma mentira”, afirma a nota.
Ainda segundo a ex-presidente, todo o conteúdo das supostas conversas descritas por Palocci com sua participação representam uma “ficção”. “Esta é uma estratégia adotada pelo delator em busca de benefícios da delação premiada.” “O episódio em que cita um inacreditável benefício à Odebrecht pelo governo Dilma Rousseff, durante o processo de concessões de aeroportos, mostra que o sr Antonio Palocci mente”, assinala a nota.
